pten

Pode nos falar um pouco sobre sua formação acadêmica e experiência profissional?

Claro, eu me formei em Tecnologia em Biotecnologia em 2003 e depois defendi meu doutorado em Biotecnologia em 2007, ambos pela Universidade de São Paulo. Durante o meu curso de graduação, fiz um projeto junto com meus orientadores e submetemos. O projeto foi aprovado e trabalhei por quatro anos na área de prospecção de bioativos. Depois disso, fiz um pós-doutorado em farmacologia por quase quatro anos no Instituto Butantan. Em seguida, fui convidado para integrar um grupo como pós-doutorando em outro laboratório, mas ainda dentro do Instituto. Depois de alguns anos, comecei a procurar possibilidades de estágio fora do país e consegui uma bolsa Marie Curie para trabalhar em Portugal. Fiquei cerca de dois anos trabalhando na parte de bioquímica física de peptídeos bioativos no laboratório do professor Miguel Castanha, onde aprendi muito e fiz boas colaborações. Agora sou investigador do Instituto Butantan novamente, onde trabalho há cerca de 10 anos.

Como você avalia o curso de Tecnologia em Biotecnologia e suas possibilidades profissionais?

O curso de Tecnologia em Biotecnologia é relativamente novo, com cerca de 10 a 15 anos de existência. Acho que é um curso muito interessante e agregador, já que aborda pontos importantes de biologia molecular, bioquímica e informática. Você pode escolher essas disciplinas mesmo que não queira fazer paleontologia ou botânica, por exemplo. Dependendo da universidade, há mais ênfase em algumas áreas do que em outras, mas acho que no geral é um curso muito completo. Aqui no Brasil, infelizmente, ainda há problemas com a valorização de pesquisadores e profissionais formados nessa área, mas espero que isso mude em breve.